PILLOW BOOKS & POLAROIDS
A CADA DOIS MESES
Pillow Book
Clássico da literatura japonesa, escrito por Sei Shonagon, da corte imperial japonesa, publicado em 1002. O livro de Sei Shonagon não é apenas uma coleção de ensaios e poesias, mas também um fascinante relato da vida na corte imperial japonesa.
O Pillow Book é considerado um clássico da literatura mundial.
Está publicado em inglês pela Penguin Classics, entre outras editoras.
A escrita comum
A questão que se coloca num projeto desta natureza reside no facto de os convidados praticarem diferentes “escritas”, com “vocabulários” próprios e, normalmente, sem ligações entre si. Assim, a “escrita” de um artista plástico não é a mesma de um músico ou de um empresário, nem a “escrita” de um arquiteto é a mesma de um diretor de cinema ou de um cantor. Porém, para que o projeto tenha coerência na “escrita”, é preciso encontrar uma “escrita comum” que possa ser facilmente utilizada por cada convidado.
Polaroid é a resposta para a "escrita comum"
A síntese desta “escrita comum” é magistralmente definida por Walker Evans:
“... It makes things awfully easy, that things pop up.
It reduces everything to your brain and taste...”
Pillow Books & Polaroids
O projeto final resulta da conjugação destes dois elementos, o livro de Dei Shonagon e a Polaroid. Cada convidado é desafiado a deixar-nos ver quais são os seus Pillow Books e através deles ficarmos a conhecer um pouco mais sobre cada um deles.
LUISA COSTA GOMES
De 1 de Abril a 31 de Maio
HORS-SÉRIE
Duas vezes por ano
DONNA BASSIN
MY OWN WITNESS:RUPTURE AND REPAIR
"O que é um retrato, se não um reconhecimento de um encontro humano: uma oportunidade de imaginar a vida do outro"?
Durante os anos que se seguiram às eleições presidenciais de 2016, iniciei uma colaboração de fotografias entre aqueles que - pela sua raça, sexualidade, identidade de género, idade, etnia e/ou deficiência - sentiram que tinham sido considerados invisíveis, e estavam insatisfeitos com o seu lugar neste momento americano. Pedi aos meus fotografados que se virassem "de dentro para fora" e que usassem a pose, o gesto e o olhar para expressar as suas verdades emocionais, para afirmar, visualmente, a sua identidade, para se tornarem as suas próprias testemunhas, e convidarem o espectador a um encontro visceral cara a cara com a sua humanidade. Embora a bandeira americana se tenha tornado um símbolo complicado, algumas pessoas reclamaram-na e reimaginaram-na, para expressar a sua rebeldia e a sua respeitosa esperança num regresso da democracia. Como uma série, o fundo black velvet e a luz chiaroscuro, partilhados, juntam cada indivíduo num colectivo.
Movida pelos traumas causados pela pandemia e pela maior erosão da democracia, rasguei os retratos originais para criar "feridas", reflectindo traumas individuais e colectivos. Inspirada pela prática japonesa do kintsugi, um ofício antigo que reparava cerâmica partida com laca dourada, restaurei os retratos rasgados com pontos de costura e papel de arroz dourado. Metaforicamente, o kintsugi honra a aceitação da lesão como parte da vida do objecto e dá uma forma material à história da experiência. Reconhecemos e damos atenção ao nosso passado violento no futuro, para não o repetirmos. Estas lesões são as nossas perdas, a serem testemunhadas, lamentadas, e transformadas em justiça social.
MY OWN WITNESSE:RUPTURE AND REPAIR EM LISBOA
Entre 12 de Maio e 30 de Setembro, o projeto de Donna Bassin tem já agendada uma intensa atividade.
12 de Maio
Inauguração da exposição de fotografias no Espaço D´Artes, galeria do Auto Clube Médico Português
Em simultâneo e no Espaço D´Artes, será lançado o livro sobre o projeto.
O livro estará à venda a partir desta data na livraria do Teatro do Bairro e no site da Incubator
Donna Bassin estará presente.
12 de Maio a 30 de Setembro
Exposição das fotografias no site da Incubator
13 de Maio
No evento anual promovido pela Associação PsiRelacional Donna Bassin fará a conferência de encerramento,
na faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.